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Empresa brasileira especializada em energia renovável, a ZEG Ambiental desenvolveu uma tecnologia capaz de utilizar resíduos urbanos e industriais como matéria prima.

O FlashBox, como é chamado, tem capacidade de gerar até dois megawatts de potência por tonelada de lixo processado e já está disponível para operar tanto em municípios quanto nas indústrias.

Resíduos como plástico, perfurocortantes, borracha, papel, papelão e biomassa são processados e triturados em pedaços de até 30 mm. Depois, são colocados dentro do reator acima de mil graus Celsius. Após alguns segundos, transformam-se em um gás combustível limpo.

O reator é fácil de utilizar e transportar. Ele fica dentro de containers com medida padrão de aproximadamente 13 metros. A instalação do equipamento não demora mais do que dez dias e depois de ligar é só usar.

O gás resultante pode ser queimado de uma maneira limpa, sem fumaça, fuligem, partículas e odor. O processo consegue manter um aproveitamento de cerca de 95% dos resíduos.

Também são gerados subprodutos como cinzas, que podem ir para cimenteiras, negro de fumo, usado na fabricação de pneus, e biochar, que pode ser utilizado na agricultura.

Responsável pela criação do FlashBox, André Tchernobilsky, inspirou-se em tecnologias de reciclagem do lixo que ele observou já existirem em países com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) alto e que eram carentes no Brasil.

O projeto também é um grande aliado para o combate ao aquecimento global. De acordo com a empresa, uma tonelada de resíduos reciclados utilizando a tecnologia evita a emissão de quase duas toneladas de gases de efeito estufa.

A implantação do projeto pode ser realizada nas cidades brasileiras, mas precisa passar obrigatoriamente por processos licitatórios. Também há a possibilidade de contratação do serviço por uma Parceria Público Privada (PPP).

Passada essa etapa burocrática, o serviço é implantado com a cobrança de uma pequena taxa sobre o lixo. A implantação demora de 8 a 12 meses e os contratos podem variar entre 20 e 30 anos.





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ONG Reciclagem Guarani


Preciso rasgar para descartar?


Depende do que você está descartando!


O papel está tão presente em nossa rotina que às vezes a gente nem se lembra. Então vamos fazer um exercício rápido? Olhe ao seu redor e vá observando quanto papel está ao seu lado. Nos jornais, revistas, cadernos de estudo, agendas de trabalho, nas embalagens dos produtos adquiridos, nas entregas do delivery, nos documentos que recebemos e enviamos, nos guardanapos utilizados na cozinha, etc. Não temos como imaginar uma vida sem papel.

E o descarte de tudo isso? Devemos rasgar, amassar, picotar? Aí entra a necessidade de uma análise, porém uma análise bastante simples: documentos que contenham dados pessoais devem, sim, ser rasgados. Todo o resto, não!

Vamos a um exemplo prático e bastante comum nos últimos meses: a compra virtual de produtos. Muitos dos produtos que recebemos em casa vêm em caixas de papelão. E aqui uma informação bastante importante: na maioria das vezes, do lado de fora dessa caixa vem, também, uma embalagem plástica e, dentro dela, a nota fiscal da sua compra.

No automático, às vezes abrimos a embalagem, tiramos o produto e descartamos o pacote imediatamente, sem perceber que naquele documento existem informações e dados muito relevantes sobre nós como nome completo, CPF e endereço.

Assim, na hora de fazer o descarte de tudo isso, precisamos pensar em duas coisas: proteger nossas informações e contribuir com a cadeia da reciclagem. Como agir, então?

  1. Retirar a nota fiscal que normalmente está acoplada do lado de fora da embalagem;

  2. Guardar essa nota ou, se for descartá-la, rasgar ou picotar para impedir a leitura dos dados;

  3. Caso receba o produto em uma embalagem de papelão, desmontá-la sem rasgar;

  4. Separar e descartar tudo no coletor de recicláveis.

Sabemos, então, por qual motivo devemos rasgar documentos antes de descartar. Mas por que não devemos rasgar todos os papéis? Pois isso pode dificultar o trabalho de triagem nas cooperativas de reciclagem.

Imaginem o seguinte cenário. Nós colocamos todos os nossos itens recicláveis em um coletor que é encaminhado para as cooperativas. Por lá, o primeiro trabalho dos catadores é abrir esses sacos de recicláveis e separar os materiais. Tudo normalmente é posto em uma esteira rolante onde esses profissionais vão fazendo a separação. Já pensou como é muito mais difícil separar pequenos pedacinhos de papel que estão soltos na esteira do que papéis maiores, íntegros?

Portanto, o raciocínio pode ser o seguinte: esse papel que vou descartar tem algum dado pessoal que não pode ser exposto? Se sim, vamos rasgá-lo. Se não, vamos descartá-lo integralmente.

Agindo dessa forma a gente se protege de possíveis golpes que podem ocorrer com nossos dados e auxilia o trabalho dos catadores para que a maior parte do papel que descartamos possa seguir seu ciclo de vida indo para a reciclagem!

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Aterro sanitário fechado em 2019 no Reino Unido está prestes a ser completamente transformado

Em 2019, a cidade de Gloucester, no Reino Unido, encerrou as atividades de um aterro sanitário instalado no bairro de Hempsted. Mas o espaço de quase 1,5 quilômetro quadrado não vai ficar parado. Ele está sendo transformado em um ecoparque capaz de produzir biomassa, além de energia solar e eólica. A cerca de uma hora do centro da cidade, o antigo aterro deve se transformar em um grande gerador de energia verde.

Outro ponto interessante é que o local também abrigará uma área com 100 mil árvores nativas, que inclusive já começaram a ser plantadas. Talvez você esteja pensando: como um espaço que antes recebia toneladas e toneladas de resíduos pode ter solo vivo e produtivo? Em aterros sanitários sérios, há todo um comprometimento com a responsabilidade ambiental. O solo é nivelado e impermeabilizado para evitar a contaminação. Assim que o aterro foi desativado, o solo pode ser preparado para receber essas novas atividades.

Com esse projeto, anunciado em uma matéria da BBC, somado a outras iniciativas em curso, Gloucester pode se tornar a cidade mais verde de toda a Inglaterra.

Mas por que nós, do Separe. Não pare estamos falando sobre os aterros?

Os aterros sanitários têm papel extremamente importante na gestão dos resíduos e precisamos cuidar desses espaços, prolongando o seu tempo de vida útil. Alguns aterros, por exemplo, são projetados para funcionar por 20 anos. Assim que esgota a sua capacidade, é necessário interromper o funcionamento e dar início à recuperação daquele espaço. E o que é feito com tudo o que era descartado diariamente ali? Deve ser encaminhado para um novo aterro.

Mas há um empecilho nesse processo. Com a globalização e a crescente urbanização, está cada dia mais difícil encontrar espaços para construção de aterros sanitários. Segundo publicação no GlobalCitizen.org, por exemplo, em menos de 20 anos os Estados Unidos não terão mais espaços para novos aterros.

O que nós, cidadãos comuns, podemos fazer quanto a isso? Ao separar e descartar corretamente nossos resíduos, nós evitamos que materiais com potencial de reciclagem acabem destinados aos aterros. Esses materiais precisam seguir a rota correta, saindo das nossas casas, passando pelas cooperativas para triagem e seguindo toda cadeia até que retornem ao comércio. Investindo na separação e descarte corretos, garantimos que somente os resíduos não recicláveis sejam dispostos nos aterros, reduzimos o volume diário de recebimentos desses espaços, e prolongamos o tempo de vida útil deles.

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